ENCONTRADO 17º CORPO DE VÍTIMA FATAL DA
TRAGÉDIA DE LAJEDINHO, BUSCAS SÃO ENCERRADAS
As buscas às vítimas da tragédia em Lajedinho, na
Chapada Diamantina, interior da Bahia, foram encerradas na tarde desta
terça-feira (10), após ser encontrado o corpo da menina de 10 anos, última
desaparecida, de acordo com a Superintendência de Proteção e
Defesa Civil da Bahia (Sudec). Ela é a 17ª vítima fatal do temporal
que atingiu a cidade no final de semana, segundo o superintendente Salvador
Brito, que, em entrevista a imprensa, lamentou o saldo da tragédia. Onze corpos
já foram enterrados e outros seis estão no Instituto Médico Legal. A partir de
agora, será finalizado o levantamento do prejuízo total da cidade, público e
privado, o que deve ser concluído até o final da tarde desta quarta-feira
(11). Só então será iniciado o processo de estudo para a construção da
área que moradores já estão chamando de “nova cidade” de Lajedinho. “Faremos um
estudo da bacia hidrográfica para realizar ações estruturais no centro da
cidade, que vai culminar na remoção de muitas habitações, prédios e do
comércio para outra área, já doada pelo proprietário de uma fazenda, com
aproximadamente 270 mil metros quadrados. A população já está chamando de nova
cidade mesmo. Vamos mudar o centro e modificar para outro vetor de
desenvolvimento, que será em uma área segura, fora do vale”, explicou Brito. A
partir de quinta-feira (12) deve ser iniciado o processo de ampliação do leito
e desobstrução de todo o rio que corta o município, para
evitar que ele possa transbordar novamente caso a chuva volte a cair forte na
região.
O prefeito de Lajedinho, Antônio Mário Lima, deve
publicar nesta quarta um decreto para interditar toda a área do fundo do vale,
onde fica a sede municipal, até o final dos estudos. No entanto, a Sudec avalia
que todos os imóveis da área – em especial as margens do rio – terão que
ser removidos. A Defesa Civil baiana permanece na cidade para prestar o auxílio
à população e a própria administração pública, já que a estrutura da gestão
municipal foi destruída. “O poder público perdeu a capacidade de gerir as coisas,
uma vez que órgãos, inclusive a prefeitura, foram afetados. Toda a
documentação, computadores... tudo está prejudicado. Por isso estamos aqui, com
outros órgão do Estado, para dar apoio ao município com a limpeza das
ruas, retirada de escombros e demolição de imóveis que não poderão ser
reconstruídos. É um processo de recuperação do que for possível”, disse o
superintendente. Ainda não há um número parcial do total de prejuízo financeiro
para Lajedinho. “Temos o trabalho da Conder, que está levantando [os
prejuízos]. É um volume muito grande, pois tem o custo de demolição, retirada
de escombros, do lixo e a intervenção com máquinas a partir de quinta”,
destacou Salvador Brito.
Fonte: Saiu no Blog