quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sudanesa condenada à morte dá à luz com as pernas atadas

A mulher sudanesa condenada à morte por não se converter ao islamismo deu à luz com as pernas atadas. Foi o marido, Daniel Wani, quem o contou, numa entrevista ao jornal britânico «The Telegraph»: «Eles mantiveram-lhe as correntes nas pernas «Ela estava muito triste com isso», acrescentou. Eles mantiveram-lhe as correntes nas pernas, conta o marido, que só foi autorizado a ver a filha esta quarta-feira. 


Daniel Wani não pode ver a filha logo após o nascimento, que aconteceu na terça-feira. Só esta quarta-feira lhe foi possível ver a mulher e a bebé. «Foi muito bom poder ver a minha filha. Estou tão feliz», confessou, acrescentando que «a bebé é muito bonita». 
A menina chama-se Maya, por escolha da mãe. Meriam Ibrahim foi condenada à morte no início deste mês, por recusar abandonar o cristianismo e converter-se ao islamismo. Estava grávida de oito meses, mas isso não impediu as autoridades sudanesas de a manterem na prisão, onde estava desde fevereiro. Nem sequer lhe foi permitido abandonar a cadeia para dar à luz num hospital. 
Ela é casada com Daniel Wani, um bioquímico de 27 anos. O casal tem já outro filho: Martin, de 20 meses, que está na cadeia com a mãe. «Na verdade, Martin está bem. Nem creio que ele perceba o que se está a passar e está feliz. Uma mulher ajuda a tomar conta dele», conta Daniel Wani, que sofre de distrofia muscular e está confinado a uma cadeira de rodas. 
Como as autoridades sudanesas não reconhecem o casamento cristão, além da condenação de Meriam, também Daniel foi condenado por adultério. Assim, de acordo com a lei islâmica, ele não é sequer pai das crianças, porque o casamento não é válido.


sábado, 17 de maio de 2014

Cristã grávida é condenada a morte por se recusar a abandonar fé

Cristã grávida é condenada a morte por se recusar a abandonar fé
Mulher sofrerá enforcamento depois de dar à luz/Reprodção: BBB.com/Youtube

Uma gestante de 27 anos foi condenada pela Justiça do Sudão à morte por se recusar a abandonar a fé Cristã. O país, no nordeste da África, tem maioria mulçumana. A mulher também foi acusada de adultério por se casar com um homem cristão e sentenciada a receber cem chibatadas pelo crime. No julgamento, o juiz da cidade de Khartoum chegou a perguntar se Mariam Yahya Ibrahim acertaria se converter novamente para o Islã. Ela se recusou e afirmou: "eu sou cristã". Pelo ato, a grávida teve a condenação por enforcamento pelo crime de apostasia - abandono da fé. Segundo o site Buzzfeed, a sentença será cumprida assim que Ibrahim der à luz ao bebê. No momento, a mulher está grávida de oito meses. Segundo as leis do Sudão, os filhos devem seguir a orientação religiosa paterna, e o pai de Ibrahim é muçulmano. A mãe da jovem, que teve a maior influência em sua criação, segue a religião Cristã Ortodoxa. Mesmo com o veredicto radical, os advogados de Ibrahim tentam apelar o veredito da corte sudanesa. Cerca de 50 pessoas se reuniram na frente do local onde o julgamento aconteceu. As pessoas seguravam cartazes e pediam "Liberdade religiosa" e "Não queremos a execução de Mariam". Outro grupo pequeno protestou a favor do veredito enquanto orava "Deus é o maior". Embaixadas ocidentais e ativistas condenaram o que chamam de abuso dos direitos humanos no Sudão. Ao todo, 13 países, todos muçulmanos, tem pena de morte para crimes como abandono de fé e blasfêmia. As leis são praticadas também no Afeganistão, Irã, Malásia, Maldívias, Mauritânia, Nigéria, Paquistão, Qatar, Arábia Saudita, Somália, Sudão, Emirados Árabes e Iêmen. Informações da BBC.